A carne de sol é uma comida típica do nordeste, consumida há mais de 400 anos. Ela leva esse nome porque no início era feita em duas etapas: salgando a carne ligeiramente e secando as peças ao sol. Com o passar dos anos, a carne preferida dos nordestinos conquistou o Brasil. Atualmente é usada como refeição principal, tira-gosto e também é servida como petisco em botecos.
Nos estados que têm forte tradição na iguaria, como o Rio Grande do Norte, existem restaurantes cuja especialidade é a carne de sol. Quer saber a história desse alimento e o que ele tem de tão especial? Então continue a leitura deste texto.
Salgar a carne para conservá-la é um dos processos mais primitivos de preparação de alimentos — o procedimento também é chamado de “cura”. A técnica foi trazida para o Brasil no século 17, pelos colonizadores portugueses.
Como nos tempos antigos não existiam meios de refrigeração, esse processo era necessário para que a carne durasse mais tempo. Entretanto, a cura também muda a textura e o gosto do alimento, tornando-o mais saboroso.
Para realizar a leve desidratação, é necessário um clima seco. Por esse motivo, no passado a carne recebia o sal e depois era exposta diretamente ao sol — isso explica a origem do nome. O processo é rápido, muda um pouco a textura e a cor original da proteína, mas deixa a parte interna úmida e suculenta.
Atualmente, a técnica foi aprimorada e não usa mais o sol para a secagem, mas um local coberto e ventilado. Também surgiram outras formas de preparo semelhantes e muitas variações, como a carne seca e a carne de charque, mas não se trata da mesma coisa. Veja no tópico a seguir.
A carne de charque é típica do Rio Grande do Sul e sua principal diferença da carne de sol é a quantidade de sal utilizada no preparo. A receita surgiu a partir de uma adaptação feita pelo português José Pinto Martins, em 1777.
Ele quis aproveitar o gado que era abatido apenas para uso do couro e deu um toque especial à receita de carne de sol que aprendeu quando morou no Ceará.
Para isso, usou uma carne com grande quantidade de gordura e a cortou em mantas para ajudar no processo de desidratação, que leva bastante sal fino — é mais efetivo pela elevada quantidade de iodo. Esse procedimento retira praticamente todo o líquido da carne. Em seguida, ela é levada para a secagem, que dura cerca de 10 dias.
A carne seca, também parecida com a carne de sol, passa por uma desidratação mais intensa. Tanto a quantidade de sol quanto o tempo de cura são maiores. Primeiro as mantas são empilhadas em um local seco para desidratarem e depois são levadas a varais no sol para finalizar a secagem.
Dessa forma, como o próprio nome diz, a carne é bem mais seca do que o charque e a carne de sol. Ou seja, a carne seca sofre mais mudanças: cor, textura firme e prazo de validade maior pela desidratação.
Unir viagem e gastronomia é uma delícia, não é mesmo? Então não pense duas vezes e reserve a sua viagem para o Rio Grande do Norte. E o melhor: você não precisa nem sair do hotel para almoçar ou jantar a carne de sol, um dos principais pratos nordestinos. No restaurante do Coral Plaza há uma diversidade da iguaria. São tantas opções disponíveis, que você vai querer experimentar todas!
Gostou da sugestão? Então entre em contato conosco e garanta já a sua experiência turística-gastronômica!